À mão livre. Nome do reflexo feito com as mãos, a
partir de 3 cm da raiz, em pontos estratégicos da cabeça. A principal
finalidade é criar um efeito esfumado e não marcar as mechas.
Água oxigenada.
Ela é usada para fragmentar os pigmentos do interior da fibra capilar
para que eles “escapem” por entre as escamas. Segundo Alan Medeiros, do
Instituto L’Oréal Professionnel, no Rio de Janeiro, quanto maior a
volumagem da água oxigenada, mais oxigênio é liberado em menos tempo e,
consequentemente, mais intensa será a descoloração. Assim, a de 10
volumes clareia de meio a um tom; de 20 volumes, de um a dois; de 30, de
dois a três; e de 40 volumes, entre três e quatro.
Amônia.
É o agente dilatador presente nas tinturas permanentes. Seu papel é
abrir as escamas para facilitar e agilizar o trabalho do oxidante. Mas
fique atento, pois o ativo é incompatível com alguns alisantes, como
hidróxido de sódio, de guanidina e de lítio.
Coloração permanente.
Além de reunir minúsculas moléculas de colorantes, vem com amônia para
ajudar a “abrir o caminho” até o córtex. Por isso, é ideal para quem tem
muitos brancos para cobrir ou quer um resultado duradouro (já que a cor
natural só volta na parte crescida da raiz). O cabeleireiro Eron
Araújo, do salão Blend Your Mind, em São Paulo, lembra que o produto
também retira o pigmento natural dos fios.
Coloração semipermanente.
Ela reúne pigmentos grandes e pequenos, por isso dura mais do que a
tintura temporária (cerca de 20 lavagens contra 16). “Por outro lado,
como é livre de amônia, só consegue atingir as primeiras camadas do
córtex e é menos agressiva do que a permanente. Na prática, não clareia
madeixas naturais e não oferece cobertura total dos brancos”, diz a
técnica Tânia Cypriano, da Felithi, em São Paulo.
Coloração temporária.
Como o nome entrega, ela dura cerca de 16 lavagens. Isso porque seus
agentes colorantes estão em moléculas grandes, que não conseguem chegar
até o córtex (onde estão os pigmentos responsáveis pela tonalidade
natural) e se depositam apenas na superfície do fio. É indicada para
quem já tem outras químicas no cabelo, tem pouco ou nenhum branco para
esconder, se sente insegura em relação a transformações químicas ou
deseja apenas dar uma reavivada na cor.
Colorimetria. É a ciência que estuda as cores, como elas se combinam, são neutralizadas e refletidas em contato com a luz do sol.
Decapagem. O termo está em desuso. Ver Descoloração.
Degradê.Também
conhecido como tom sobre tom, envolve a aplicação de diversas nuances
da mesma harmonia em mechas muito finas e alternadas. “Indico,
principalmente, para a cliente que está começando a clarear os fios,
assim não vai sentir tanto a transformação”, conta o cabeleireiro Eron
Araújo, do salão Blend Your Mind, em São Paulo.
Descoloração.
Remove os pigmentos naturais do cabelo a partir da mistura de pó
descolorante e água oxigenada. É essencial para fazer mechas ou clarear
até dez tons.
Dust free. O termo indica que o
descolorante tem um peso molecular maior do que a versão tradicional e,
por isso, não levanta pó ao ser manipulado. “Além de não ter
desperdício, essa tecnologia evita que o profissional aspire o produto,
que pode provocar dor de cabeça, náusea, formigamento do rosto e
vermelhidão nos olhos, entre outros efeitos colaterais”, diz o químico
Everton de Freitas, especialista em desenvolvimento de cosméticos
capilares da Biotec Dermocosméticos, em São Paulo.
Enluvamento.
Massagem feita nos fios com as mãos, sempre no sentido do crescimento,
para evitar que o descolorante ou a tintura fiquem parados e o resultado
não seja uniforme.
Esfumado. A técnica evita
que as luzes fiquem muito marcadas. Para isso, a raiz é desfiada com um
pente antes da aplicação do descolorante ou da coloração. “Nessa técnica
é importante também dar pinceladas leves para não sobrecarregar os fios
com o produto”, ensina Eron Araújo.
Estrela de Oswald.
Essa estrela com seis pontas coloridas (três são cores quentes e três
são frias) ajuda o cabeleireiro a visualizar rapidamente quais
tonalidades se neutralizam ou são realçadas quando combinadas.
Fantasia. É o nome da coloração cosmética que garante fios ultracoloridos, como roxo, pink, amarelo e azul.
Fundo de clareamento.
É uma escala que mostra quais cores serão reveladas após a retirada
gradual dos pigmentos naturais do cabelo e o efeito atingido com a
despigmentação. “Tudo isso interfere no resultado final da coloração,
daí a importância de conhecer bem essa tabela”, diz o coordenador de
formação profissional Alan Medeiros, do Instituto L’Oréal Professionnel,
no Rio de Janeiro.
Holograma. São mechas
trabalhadas com três ou quatro cores diferentes para dar profundidade ao
cabelo e criar uma textura personalizada original.
Luzes.
São mechas bem finas, feitas em pouca quantidade e até três tons abaixo
do natural, para dar luminosidade ao cabelo. Podem ser realizadas com
touca de silicone ou papel laminado.
Matizar. Significa colocar cor no cabelo logo após a descoloração.
Mechas. Elas são mais marcadas e largas do que as luzes e, geralmente, são feitas no topo da cabeça com a ajuda de papel laminado.
Melanina. É o pigmento que dá cor ao cabelo natural.
Monoetanolamina.
É o agente alcalizante, dilatador de cutícula, presente na tintura
temporária. Como a oxidação que ele provoca é superficial, não consegue
clarear pigmentos naturais.
Mordaçagem. Técnica
utilizada para facilitar a absorção da tintura pelos cabelos brancos,
especialmente os grossos. Para isso, o profissional aplica água
oxigenada de 20 ou 30 volumes com um chumaço de algodão na mecha branca e
seca com o secador antes de empregar coloração.
Papel.
Ele é usado para isolar as mechas e evitar que a tinta escorra,
provocando manchas. Para isso, tiras com largura média de 8 cm e um
pouco mais compridas do que o cabelo são colocadas, uma por vez, embaixo
da faixa que se quer clarear. Em seguida, é aplicada a tinta e as
madeixas são embrulhadas no papel em forma de envelope. Importante:
nenhum tipo de coloração permanente pode ter contato com o alumínio. Se
não tiver outra opção, use o verso do papel-alumínio.
Peróxido de hidrogênio. Ver Água Oxigenada.
Plaquete.
Esta prancha de plástico ou acrílico serve de apoio para o papel
laminado quando se quer fazer mechas bem próximas à raiz do cabelo.
Pré-pigmentação.
Recurso usado para cobrir fios brancos localizados, combater as
transparências indesejadas e o desbotamento precoce da cor. O objetivo é
aumentar, por meio de coloração temporária ou permanente, a
concentração dos tons primários antes de usar as cores que diferem do
fundo natural.
Reflexo ao contrário. Também
chamado de low light, consiste em fazer mechas escuras nos cabelos
claros utilizando a mesma técnica do reflexo tradicional. Pode ser
realizado em pequenas quantidades de cabelo ou em áreas maiores. É
preciso retocar em 25 ou 30 dias.
Reflexo. As
mechas são feitas do mesmo jeito que nas luzes, ou seja, com touca de
silicone ou papel laminado. Porém, elas são mais grossas e estão
espalhadas por toda a cabeça. Não há limite para o grau de clareamento e
o tempo de retoque é de um mês.
Repigmentação.
Procedimento baseado no fundo de clareamento para colorir cabelos
extremamente porosos, totalmente brancos e/ou muito claros com
eficiência. “O fio fragilizado tem dificuldade em absorver a cor. Daí a
importância de usar coloração com pigmento puro”, avisa o cabeleireiro
Eron Araújo, do salão Blend Your Mind.
Retoque. A
correção da raiz submetida a algum processo químico é feita em
intervalos médios de 20 dias, no caso de clareamento, a 60 dias, no de
tintura e mechas.
Rinsagem. Esse tipo de
tingimento é feito sem amônia, por isso seu poder de cobertura é mínimo.
É indicado para realçar a cor natural e dar reflexos sutis.
Saponificação.
O fenômeno ocorre quando a oleosidade produzida pelo couro cabeludo
entra em contato com a química da tintura e compromete a revelação da
cor ou a cobertura do fio. “Nesse caso, o ideal é reaplicar o produto.
Antes, porém, procure lavar a cabeça suavemente e só passar o
condicionador nas pontas”, diz Eron Araújo.
Teste de mecha.
Ele revela se os fios vão suportar o descolorante e a tintura. Para
realizá-lo, basta separar um tufo da região da nuca, aplicar o produto e
aguardar o tempo de pausa indicado pelo fabricante. Se após o enxágue o
cabelo estiver resistente, você pode repetir o procedimento em toda a
cabeça. Agora, se ficar elástico, poroso, quebradiço ou sem brilho, o
ideal é tratar a fibra capilar antes.
Tonalizante. Ver Coloração Temporária.